O objetivo é evitar a divulgação de informações importantes para as investigações. "Por enquanto eu tenho o padre Júlio Lancelotti como vítima. Ele é uma pessoa do mais alto gabarito. Fez muitas caridades aos adolescentes", disse o delegado.
Ele informou que o pedido de decretação de sigilo referente a três inquéritos foi encaminhado ao Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo). Os inquéritos apuram a acusação de extorsão de dinehiro sofrida pelo padre, o suposto enriquecimento ilícito do ex-interno da Febem e se Júlio Lancelotti teria praticado atos de corrupção de menores.
André Pimentel confirmou que será solicitada a quebra do sigilo bancário do padre para apurar supostos pagamentos feitos por ele ao ex-interno Anderson Batista, de 25 anos. A polícia também já pediu ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda, para apurar suspeita de enriquecimento ilícito de Anderson.
De acordo com o delegado, ainda não há conclusão sobre a quantia que teria sido extorquida do padre. Júlio Lancelotti disse aos policiais que teriam sido R$ 80 mil, enquanto o ex-interno fala que recebeu cerca de R$ 600 mil durante oito anos.
O delegado da 5ª Seccional também informou ter solicitado que os inquéritos sejam transferidos para responsabilidade do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), o que será avaliado. "Diante de que o padre é uma pessoa pública da mais alta personalidade, nós estamos solicitando ao Decap que seja avocado esse inquérito." Sobre a mudança, o delegado negou que venha sofrendo pressões.
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